sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Alta Idade Média na Europa

A penetração e a fixação dos povos germânicos no território do Império Romano deram lugar à formação de diversos reinos, a partir do início do século V. A autoridade imperial deixou de existir no Ocidente no ano 476, com a deposição de Romulus Augustus. A parte oriental do império, centrada em Constantinopla (atual Istambul), assumiu a partir daí o legado político de Roma. Os germânicos, ditos bárbaros pelos romanos, organizaram seus reinos dentro das antigas fronteiras do império e em áreas que nunca tinham sido ocupadas pelos romanos, como a Alemanha. Cada um desses reinos evoluiu de forma diferente para dar lugar às monarquias européias medievais. Os Ostrogodos instalaram-se na Itália, conduzidos por Teodorico, e constituíram um dos reinos mais importantes dos séculos V e VI. No fim do século V, os francos fixaram as bases do que seria posteriormente um dos reinos medievais mais poderosos da Europa. Convertido ao catolicismo, o rei Clóvis I conseguiu o apoio da população da antiga Gália com uma política de fusão entre os galo-romanos e os francos. Conseguiu impor-se a toda a Gália, expulsou os Visigodos para a Espanha no ano 507 e dominou os outros povos bárbaros, com exceção dos burgúndios, que foram vencidos por seus sucessores. Na península ibérica, os visigodos constituíram uma monarquia próspera e culta, na qual se fundiram os traços germânicos e as tradições seculares romanas. A monarquia visigoda esforçou-se para conquistar a unidade territorial e formar um estado. No século VI a monarquia visigoda chegou à plenitude com Leovigildo, que estabeleceu a unidade territorial depois de vencer os suevos do noroeste, os bascos do norte e os bizantinos do sudeste. A ocupação da península ibérica pelos árabes no início do século VIII foi favorecida pelas lutas entre Rodrigo e Áquila. O poder dos visigodos extinguiu-se em poucos anos e teve início uma nova etapa na península e na Europa, com a expansão do Islão Durante o século VI, o reino merovíngio dos francos sofreu constantes divisões entre os sucessivos herdeiros da coroa. Na Itália ocorreram acontecimentos importantes depois da conquista do reino ostrogodo pelo imperador bizantino Justinianus I, em meados do século VI. O Império Bizantino alcançou, nessa época, seu apogeu político e cultural, e Justiniano I, ajudado por seus generais Belisário e Narses, tentou reconquistar a parte ocidental do antigo Império Romano e restabelecer a unidade do Mediterrâneo. Na Grã-Bretanha, a invasão de anglos e saxões, em meados do século V, forçou os bretões a se refugiarem na Cornualha, em Gales e na Escócia, ou a se submeterem ao novo poder. Os anglo-saxões dividiram o território em sete pequenos reinos, que lutaram para estabelecer sua hegemonia sobre o sul da ilha. Os reinos surgidos no Ocidente deram nova fisionomia à Europa, mas não desapareceu totalmente a tradição que Roma havia legado. Em muitos casos, principalmente nos lugares mais romanizados, foram mantidos a ordem e o direito romanos, combinados com contribuições dos costumes jurídicos dos povos germânicos. Quando desapareceu o poder do império no Ocidente, a igreja arrogou-se a supremacia universal. O papa foi reconhecido como a autoridade máxima a que deviam se submeter os poderes temporais. Assim, a hierarquia eclesiástica de Roma representou o factor aglutinante das monarquias ocidentais. A progressiva conversão dos bárbaros ao cristianismo fez da igreja a instituição mais importante da Idade Média. A cultura, a arte, a ciência e as letras eram património eclesiástico. A constituição das monarquias europeias e do poder temporal do papa favoreceu o distanciamento político e religioso entre a Europa e o Império Bizantino.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A Baixa Idade Média na Europa

A Baixa Idade Média é considerada o despertar da Europa. Nessa fase da história européia a sociedade, que se desenvolveu e dominou todo o período é chamada feudal - nome derivado da instituição denominada feudo.

Feudo é sinônimo de benefício. Significa um bem ou direito cedido a alguém em troca de fidelidade e várias obrigações em especial militares. Aquele que cede o bem se torna suserano do que recebe e que passa a ser seu vassalo. Recebendo a terra , o vassalo passava a contar com um meio seguro de subsistência (já que viveria da renda e do trabalho do camponês), podendo dedicar-se inteiramente ao treinamento e serviço militar. Formou-se assim uma camada de grandes proprietários, ligados uns aos outros por laços de suserania e vassalagem e que, exploravam o trabalho do camponês, fosse este livre (vilão) ou semi livre (servo).

terça-feira, 27 de maio de 2008

A Idade Média


A Idade Média ou Idade Medieval foi um período intermediário numa divisão esquemática da história da Europa em quatro "eras", a saber: a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea. A Idade Média é dividida em Alta Idade Média e Baixa Idade Média. A Alta Idade Média corresponde a um período que vai da queda do Império Romano do Ocidente, em 476, até o ano 1000 após ao qual inicia a Idade Média Clássica. A Baixa Idade Média corresponde ao século e meio que antecede ao Renascimento, ou seja, 1300 a 1450.